O que é, como é feito e qual é o momento ideal?
A cirurgia de face ou ritidoplastia oferece a grande dificuldade técnica na sua realização. É um processo que envolve perícia, arte e tato do cirurgião. A ritidoplastia traz excelentes resultados, quando observados a boa técnica e os cuidados pós-operatórios adequados e se beneficia bastante dos procedimentos ditos ancilares, como a toxina botulínica e os peelings, que melhoram a qualidade da pele e potencializam o resultado final da cirurgia.
A anestesia utilizada na maior parte dos casos é a geral. As cicatrizes ficam posicionadas dentro do couro cabeludo, atrás da orelha e a frente dela e geralmente são de boa qualidade, ficando inaparentes ao longo do tempo. Dependendo da quantidade de flacidez, a cicatriz pode ser maior ou menor, como ilustrado nas imagens abaixo.
O tempo de internação é de 24 a 48 horas. O paciente deixa o hospital com um curativo envolvendo a cabeça, com uma faixa compressiva, que será usada por 2 a 3 semanas.
O edema intenso é comum, assim como as equimoses (manchas roxas na pele), que vão gradualmente desaparecendo. Com 30 dias, o aspecto é quase normal, podendo ser notado um edema residual, principalmente na frente das orelhas. O resultado final é visto em torno de 6 meses.
Os pontos começam a ser retirados entre 5 a 7 dias e são completamente extraídos com 10 a 14 dias.
Este procedimento visa suavizar sulcos e rugas, remover o excesso de pele, definir melhor o contorno da mandíbula, restaurar o ângulo entre o queixo e o pescoço. Esses são os principais objetivos, mas sempre com a preocupação de manter os contornos naturais dos olhos, boca, orelhas, particulares de cada um, recuperando o ar mais jovial, mas sem os estigmas da cirurgia.
O processo de envelhecimento está em constante evolução. Após a cirurgia, conseguimos um rejuvenescimento facial, mas com o passar dos anos as características faciais de senilidade vão retornando. Geralmente, os pacientes procuram uma nova operação cerca de 10 anos após a 1ª cirurgia. Mas isso é relativo, já que pessoas que possuem hábitos de vida mais saudáveis com boa alimentação, cuidados com a pele, que não fumam, mantém o resultado por mais tempo.
A maquiagem pode ser usada após a retirada de todos os pontos. Os cabelos podem ser lavados e penteados no 2º dia, com o devido cuidado.
Não. Se houver dor, é de leve intensidade. O que chama a atenção é o grande edema na 1ª semana, mas a dor é leve.
A intercorrência imediata mais comum é o hematoma, ocorre em torno de 5% dos pacientes operados, principalmente em homens e em pessoas portadoras de hipertensão arterial. Se acontecer, pode haver a necessidade de drenagem no centro cirúrgico e o resultado final não será afetado por esse motivo.
A complicação mais temida é a necrose da pele, mas comum em pacientes fumantes. É tratada na maioria dos casos com curativos locais e revisões cirúrgicas posteriores podem ser necessárias.
Pacientes fumantes devem parar de fumar no mínimo 3 meses antes da cirurgia e pelo menos 2 meses após a cirurgia. Em alguns casos, dependendo do tempo de tabagismo e da associação com outras doenças como Diabetes, Hipertensão arterial, não recomendamos a realização desse procedimento pelo risco aumentando de complicações.
A região do terço médio e cauda da sobrancelha sofrem tração de diversos músculos em diferentes direções e também da força da gravidade. O Somatório dessas forças resulta em uma queda dessa região, em especial, da cauda.
A queda da cauda leva à formação de uma ruga lateralmente aos olhos e de excesso de pele sobre as pálpebras, o que proporciona um olhar triste ou de cansaço. Muitos pacientes procuram a Cirurgia Plástica queixando-se disso, requisitando uma cirurgia de pálpebras, na esperança de solucionar o problema. Na verdade, a raiz da questão não está nas pálpebras, mas na queda do supercílio.
A elevação dos supercílios é feita com anestesia local e sedação e frequentemente é associada com o lifting facial. É um procedimento que leva de 1 a 2 horas e o paciente pode ter alta no mesmo dia, dependendo do caso. São feitas 4 pequenas incisões, duas de cada lado, que ficam escondidas dentro do couro cabeludo e não são aparentes. Através delas, modificamos a anatomia local e os supercílios são reposicionados com fios de suspensão.
O curativo é utilizado apenas nas primeiras 24 horas, após isso não há necessidade de cobertura. Uma proteção com micropore é colocada sobre a testa, devendo ser trocada pelo médico nas revisões e são usadas por até 14 dias. Os pontos são retirados com 7 a 10 dias de pós-operatório.
Após 4 a 6 meses. Este é o período onde o edema já se desfez quase todo, além disso, na cirurgia, fazemos uma hipercorreção, ou seja, elevamos os supercílios um pouco acima do que se deseja para o caso, pois ao longo dos primeiros 3 meses ocorre um leve descenso, o que traz os supercílios para a posição ideal, devolvendo a vivacidade ao rosto.
Os cabelos podem ser lavados já no 2° dia pós-cirurgia. O tingimento apenas após 30 dias.
A dor é leve e com o uso de analgésicos, não incomoda. A movimentação excessiva da testa pode aumentar a sensação de dor, aliás, essa movimentação encontra-se lentificada no pós-operatório, devido ao edema e à sensação de algumas terminações nervosas durante a cirurgia e esse efeito é chamado de “botox cirúrgico” por alguns cirurgiões. A movimentação retorna ao normal após 3 a 4 meses.
As principais são os hematomas e as assimetrias. Os hematomas se formam logo no dia seguinte a cirurgia e quando detectados devem ser drenados de imediato e não há prejuízo ao resultado estético final.
As assimetrias podem acontecer, mesmo que a cirurgia seja bem feita pois um dos lados pode ser mais forte que o outro lado, submetendo os supercílios a trações desiguais.
Assimetrias são mais comuns quando o paciente já possui uma diferença anterior à cirurgia e durante o procedimento tentamos a máxima simetrização possível, mesmo assim uma leve desigualdade pode persistir.
Algumas pessoas possuem um acúmulo de gordura na região do submento, aquela entre o queixo e o pescoço, popularmente conhecida como “papada“. Mesmo pessoas jovens e magras podem apresentar essa característica, apesar de ser mais comum em idade mais avançada.
A lipoaspiração é o método indicado para esses casos, onde há remoção de gordura desse local, proporcionando resultados muito agradáveis. Através de três incisões de 3 mm cada, duas atrás das orelhas e uma no queixo, a cirurgia é realizada.
O edema (inchaço) e as equimoses (manchas roxas) podem persistir por até 10 a 14 dias e o resultado final é evidente em torno de 30 dias. Os pontos são retirados em uma semana.
É necessário o uso de uma malha compressiva na região por cerca de 2 semanas continuamente e mais 2 semanas quando a pessoa estiver em casa.
Por se tratar de um procedimento rápido e pouco agressivo, o paciente deixa o hospital geralmente no mesmo dia da cirurgia, cerca de 4 a 6 horas após a cirurgia.
É feita anestesia local, com ou sem sedação.
Nas primeiras 48 horas, há dor leve e moderada, principalmente com o movimento amplo de abrir e fechar a boca, nada que analgésico comuns não resolvam. Após esse período, a dor vai diminuindo progressivamente e com 7 dias a dor é quase nenhuma.
Ficam escondidas atrás das orelhas e nos sulcos naturais do queixo, além disso, por serem bastante reduzidas, ficam completamente imperceptíveis ao longo do tempo.
Dependendo da qualidade da pele da pessoa e do grau de flacidez, apenas a lipoaspiração pode resolver. Uma pele hidratada, que não foi castigada pelo Sol, com boa cicatrização e flacidez leve, pode se beneficiar com o uso isolado da lipoaspiração.
Casos onde houver flacidez em grau maior, geralmente é necessário um lifting facial associado.
Não. O que pode incomodar mais o paciente é a dor durante a mastigação, mas que se resolve rapidamente.