Os últimos 30 anos foram de grande importância para a Cirurgia Plástica, que vivenciou uma verdadeira explosão no número de procedimentos realizados e o aumento das mamas ou mamoplastia de aumento, ao lado da lipoaspiração, foi o carro-chefe.
O constante desenvolvimento e aperfeiçoamento das próteses de silicone reduziu as taxas de complicações para índices muito baixos, o que contribuiu bastante para a larga aceitação deste procedimento.
Em nossa rotina, utilizamos a anestesia local com sedação e a cirurgia dura em torno de 40 minutos. Em certos casos, a alta pode ser dada até no mesmo dia, mas via de regra, é concedida na manhã seguinte.
Essa é a grande dúvida. o tamanho ideal dever ser conversado durante a consulta médica, onde a paciente deve manifestar seus desejos e expectativas em relação à cirurgia, para que o médico possa apresentar opções de tamanhos e perfis que melhor possam se adequar ao caso.
Muitos quesitos são levados em consideração, o principal é o tamanho desejado pela paciente, mas também a sua altura, o diâmetro do tórax, o tamanho das mamas, o peso, via de colocação e outros mais também influenciarão na escolha.
Para a introdução das próteses de silicone são usadas 3 vias de acesso : a via infra-mamária (pelo sulco), a via areolar e a via axilar. As duas primeiras são as mais usadas. Existem vantagens e desvantagens em relação a elas. A via de acesso é uma decisão que deve ser tomada conjuntamente com o cirurgião, após exposição de todas as informações acerca do assunto.
Via inframamária
Via Areolar
Via Axilar
As cicatrizes da mamoplastia de aumento, assim como qualquer outra cicatriz, passa por estágios que podem ser didaticamente divididos cronologicamente.
Nos primeiros 30 dias, a cicatriz é pouco visível podendo apresentar alguma reação discreta aos pontos cirúrgicos. Após esse período, a cicatriz sofre um espessamento gradual e muda de cor, indo para um tom marrom—avermelhado e então vai clareando progressivamente. Esse estágio é o que mais aflige as pacientes, pois a cicatriz torna-se mais evidente, mas existem diversas medidas que podem ser feitas para atenuar um pouco esse período.
Após 12 meses, a cicatriz atinge uma coloração bem mais clara, praticamente já alcança a cor da pele natural e se torna mais macia, adquirindo seu aspecto definitivo.
Elas podem ser divididas segundo diversos critérios. Existem as próteses texturizadas, que são muito usadas, e as próteses texturizadas com revestimento de poliuretano, que é a prótese que nós usamos na maioria das vezes.
Em relação a forma, podem ser classificadas em redonda e anatômica (em gota) e também em perfil baixo, médio, alto e super alto. O tipo adequado deve ser escolhido após anamnese e exame físico e pelo desejo de tamanho e formato da paciente.
Atualmente não é mais necessária a troca das próteses. Costumamos dizer que elas tem um “prazo de validade” indeterminado. Se houver alguma intercorrência como ruptura causada por algum trauma, contratura capsular ou se após muitos anos a paciente desejar fazer suspensão de mamas, aumentar ou diminuir o tamanho, aí elas são trocadas.
Podem ser divididas em complicações precoces e tardias. As precoces são os hematomas, alterações de sensibilidade e infecção.
Os hematomas são vistos já no dia seguinte, quando há uma diferença de tamanho entre as mamas. Devem ser drenados no centro cirúrgico e não há repercussão no resultado.
As alterações de sensibilidade geralmente se apresentam em torno da cicatriz, quando ela situa-se no sulco, não há grande incômodo. Torna-se desconfortável quando a cicatriz é areolar, onde a sensibilidade pode estar aumentada ou diminuída, entretanto, tende a se normalizar em alguns meses.
A infecção é mais rara e caso aconteça, deve ser tratada com curativos e antibióticos. A retirada da prótese pode ser necessária e após 6 meses, pode ser recolocada.
A complicação tardia mais comum é a chamada contratura capsular. Nosso organismo desenvolve sobre qualquer prótese nele introduzido uma cápsula fibrosa, sendo este um fenômeno natural. Em certo casos, por fatores ainda não completamente esclarecidos, essa cápsula sofre uma contração, podendo alterar o contorno das mamas e provocar desconforto.
A contratura capsular não reflete imperícia do cirurgião, mas sim uma reação atípica do organismo. Hoje em dia existem tratamentos com medicações e técnicas de fisioterapia que melhoram bastante esse quadro, mas há casos onde a prótese tem que ser retirada, junto como a cápsula. Outras técnicas cirúrgicas são usadas para manter o volume das mamas e reduzir os riscos futuros desta complicação.
A mamoplastia redutora e a suspensão das mamas (mamopexia ou mastopexia) são procedimentos muito comuns no dia a dia da Cirurgia Plástica. As pacientes que procuram essas cirurgias podem ser divididas em dois grandes grupos: a fase final da adolescência e início da idade adulta, onde as mamas atingem seu desenvolvimento pleno e a fase adulta tardia.
Ambas buscam um melhor contorno corporal, ganho de auto-estima e alívio das dores lombares nos casos de mamas muito grandes. Nas adultas jovens, pode ocorrer a hipertrofia mamária, caracterizada por mamas demasiadamente grandes em relação ao tórax. Nesses casos, indica-se a mamoplastia redutora, almejando melhor forma e menor peso das mamas.
Nas mulheres com idade mais avançada, a hipertrofia mamária também pode estar presente, mas a queda da mama é muito comum. Nessas pacientes, pode ser necessário apenas a elevação das mamas, sem retirada de tecido. Em ambas as situações são usadas técnicas semelhantes, que inevitavelmente deixarão cicatrizes, estas podem ser maiores ou menores, de acordo com o caso. Uma cicatriz circundando a aréola quase sempre é necessária.
Ela pode estender-se até uma cicatriz tipo “T” invertido, apenas um “I” ou um “L”. A anestesia empregada é a geral e a duração varia de 3 a 5 horas. Próteses de silicone também podem ser usadas para complementar o volume da mama, quando o tecido mamário da própria pessoa não for suficiente para o preenchimento adequado.
As cicatrizes ficam escondidas atrás do sutiã ou biquíni. Quanto à qualidade delas, vai depender de diversos fatores como o tipo de cicatrização do paciente, a boa técnica cirúrgica e da limitação dos movimentos dos braços no pós-operatório, recomendamos que fique com os braços abaixados por 30 dias. A evolução da cicatriz obedece aos mesmos parâmetros descritos no tópico sobre prótese mamária.
Se o seu trabalho exigir muito os movimentos dos braços, só poderá voltar após 3 ou 4 semanas. Recomendamos as pacientes a não elevar os braços acima da linha dos ombros nos primeiros 30 dias. Esse movimento traciona as cicatrizes e pode trazer resultados desfavoráveis. Quanto aos exercícios, liberamos atividade leve após 30 dias e pesada após 60 dias.
Após 6 meses. Ao longo dos 6 meses após a cirurgia, as mamas vão sofrendo a ação da gravidade e a força das diferentes trações exercidas sobre elas pelos músculos peitorais e dos braços.
No pós-operatório imediato, é comum que o colo fique bem preenchido e os pólos inferiores fiquem mais achatados. Com o tempo, há um movimento de báscula, onde o pólo inferior assume um formato mais arredondado e o colo diminui de volume, assim a mama adquire uma configuração mais natural.
Existem casos onde o tamanho ou o formato entre as mamas são muito diferentes. Fazemos a cirurgia buscando simetrizá-las ao máximo, mas deixá-las absolutamente idênticas é muito difícil.
Hematomas, alterações de sensibilidade da aréola, cicatrizes inestéticas. Os hematomas devem ser drenados assim que detectados e não altera o resultado final. A normalização da sensibilidade ocorre entre 2 a 3 meses. As cicatrizes hipertróficas ou alargadas podem ser conseqüência de uma má qualidade de cicatrização da própria pessoa e de movimentação excessiva dos braços no pós-operatório imediato.
É definida pelo desenvolvimento excessivo da mama masculina, apresentando características de mama feminina.
Pode ocorrer nos dois lados ou apenas em um deles e possui diversas causas como: alterações hormonais, doenças do fígado e uso de determinados medicamentos. A ginecomastia pode representar uma causa importante de inibição e constrangimento para a pessoa e o tratamento cirúrgico é o mais eficaz para esses casos.
A cirurgia é feita com anestesia geral ou local com sedação. É realizada uma lipoaspiração para retirar o excesso de gordura local e, se necessário, uma incisão peri-areolar para ressecar a parte glandular excedente.
O tempo de internação é de 24 horas e a recuperação pós-operatória é rápida. Recomendamos o uso de uma cinta compressiva por 30 dias. As incisões geralmente são imperceptíveis a longo prazo e a dor costuma ser leve a moderada, controlada com analgésicos comuns.